O tempo opulento
nada mais
sobrevivemos
Na quase eterna
tarde seca
entre
o esperançoso pôr do sol
e o angustiante anoitecer.
Tolerar
o entremeio
não cabe a todos.
Àqueles
que se deixam
levar pela melancolia;
Já outros
navegam de um ponto ao outro.
Quando finjo que não vejo, finjo que não existo.
Quando finjo que não existo, o universo acredita.